sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Norma ABNT - NBR 10067

Princípios gerais de representação em desenhos técnicos.
Objetivo
Esta norma fixa a representação aplicada em desenho técnico
Documentos complementares:
Na aplicação desta Norma é necessário consultar também as seguintes normas:
NBR 8402 = Execução de caracteres para escritas em desenhos técnicos – Procedimentos.
NBR 8403 = Aplicação de linhas em desenho técnico - Procedimento
NBR 12298 = Representação de área de corte por meio de hachuras em desenhos técnicos - Procedimento.
CONDIÇÕES GERAIS
Método de projeção ortográfica
1º. Diedro. O símbolo deste método é representado na figura abaixo:



1º. Diedro
3º. Diedro. O símbolo deste método é representado na figura abaixo:



3º. Diedro
Proporções e dimensões dos símbolos
Os símbolos são mostrados conforme as figuras a seguir: 1º diedro e 3º diedro e a tabela




Símbolo do 1º diedro Símbolo do 3º diedro
Tabela Dimensões - Unidade: mm

H 3,5 5 7 10 14 20
D (1) 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
H 7 10 14 20 28 40

Tabela de dimensões
D = largura da linha
Cor de representação do desenho técnico
A cor preta indica a representação gráfica. Caso seja necessário o uso de outras cores para a representação gráfica, deve ser usada uma legenda com o seu significado.
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
Denominações das vistas
Os nomes das vistas indicadas na figura abaixo são os seguintes:
a-) vista frontal ( a )
b-) vista superior ( b )
c-) vista lateral esquerda ( c )
d-) vista lateral direita ( d )
e-) vista inferior ( e )
f-) vista posterior ( f )
Posições relativas das vistas no 1º Diedro
Fixando a vista frontal ( a ) conforme as figuras a seguir as posições relativas das outras vistas são as seguintes:
a-) vista superior ( b ) posicionada abaixo;
b-) vista lateral esquerda ( c ) posicionada à direita ;
c-) vista lateral direita ( d ) posicionada à esquerda ;
d-) vista inferior ( e ) posicionada acima ;
e-) vista posterior ( f ) posicionada à direita ou à esquerda conforme a
Convergência.
Denominação das vistas - Perspectiva.
Posições relativas das vistas no 1º Diedro
Posições relativas das vistas no 3º Diedro
Posições relativas das vistas no 3º Diedro. Perspectiva.
Fixando a vista frontal ( a ) conforme as figura abaixo as posições relativas das
outras vistas são as seguintes :
a-) vista superior ( b ) posicionada acima;
b-) vista lateral esquerda ( c ) posicionada à esquerda ;
c-) vista lateral direita ( d ) posicionada à direita ;
d-) vista inferior ( e ) posicionada abaixo ;
e-) vista posterior ( f ) posicionada à direita ou à esquerda conforme a
Convergência.
Escolha das vistas
Vista principal
A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou principal. De modo geral esta vista representa a peça na sua posição de utilização.
Outras vistas
Quando forem necessárias outras vistas, incluindo cortes e/ou seções, elas devem ser selecionadas observando-se os critérios abaixo:
A) Usar o menor número de vistas;
B) Evitar repetições de detalhes;
C) Evitar linhas tracejadas desnecessárias.
Determinação do número de vistas
Devem ser executadas quantas forem necessárias à caracterização da forma da peça. O emprego de quantidade elevada de linhas tracejadas deve ser evitado, sendo preferíveis vistas, cortes ou seções.
Vistas Especiais
Vista fora de posição
Na impossibilidade de representar uma ou mais vistas na posição determinada
Pelo método de projeção, as vistas poderão ser localizadas em outras posições, exceto a vista principal. (ver figura abaixo)
Vista auxiliar
São projeções parciais, representadas em planos auxiliares para evitar deformações e facilitar a interpretação.
Vista auxiliar

Elementos repetitivos As representações de detalhes repetitivos podem ser simplificadas.
Elementos repetitivos

Detalhes ampliados
Quando a escala utilizada não permite demonstrar detalhe ou cotagem de uma parte da peça, este é circundado com linha estreita continua, conforme a NBR 8403, e designado com letra maiúscula, conforme a NBR 8402. O detalhe correspondente é desenhado em escala ampliada e identificada.
Linhas de interseção
As linhas de interseção são traçadas nas vistas com linhas contínuas estreitas, conforme a NBR 8403, não atingindo o contorno
Representação convencional de extremidades de eixos com seções quadradas ou Retangulares.
As diagonais traçadas com linhas continuas estreitas, conforme a NBR 8403, caracterizam superfícies planas na extremidade de eixo e são utilizados nas faces laterais de um prisma, tronco de pirâmide ou um rebaixo
Seções quadradas nas extremidades dos eixos
Seções quadradas
Para indicar um furo passante quadrado ou retangular, na parte plana de uma vista, sem auxilio das seções adicionais, são utilizadas diagonais traçadas em linhas continuas estreita, conforme a NBR 8403
Indicação de furo passante quadrado ou retangular
Vistas de peças simétricas
Uma parte do todo pode representar as peças simétricas. Dois traços estreitos, curtos e paralelos identificam as linhas de simetria, conforme a NBR 8403, traçados perpendicularmente nas extremidades da linha de simetria. Simétrica representada por uma parte do todo. As peças simétricas podem ser representadas:
a-) pela metade, quando a linha de simetria divide a vista em duas partes iguais
b-) pela quarta parte, quando as linhas de simetrias dividirem a vista em quatro partes iguais.
Outra maneira é traçar as linhas da peça simétrica um pouco além da linha de simetria. Neste caso os traços curtos paralelos não devem ser feitos.
Os traços curtos paralelos devem ser omitidos nas linhas de simetria

Partes adjacentes
A peça próxima é representada por meio de linha estreita – traço - dois pontos, conforme a NBR 8403. Ela não deve encobrir a peça desenhada em linha larga, mas pode ser encoberta por ela. Estando em corte, as peças próximas,quando estão em corte, não devem ser
Contorno desenvolvido
Quando houver necessidade de representar o contorno desenvolvido de uma peça, o mesmo deve ser traçado por meio da linha estreita – traço – dois - pontos, conforme a NBR 8403
Vistas de peças encurtadas
Deve ser representada nas peças longas somente a parte da peça que tenha detalhe. Deverá ser traçado com linha estreita, os limites das partes retidas, conforme a NBR 8403
Nas peças cônicas e inclinadas, a representação deve ser conforme as abaixo:
Vistas de peças cônicas encurtadas Vistas de peças inclinadas encurtadas
Para fazer a representação do encurtamento, supõe-se que possui forma constante

Nota: em caso de peças muito compridas podemos encurtar usando a representação de ruptura, evitando-se assim a redução da escala ou uso de formato maior.
Os cortes ou seções são evidenciados através de hachuras conforme a NBR 12298
Generalidades
A colocação dos cortes ou seções segue a mesma colocação das vistas quando a localização de um plano de corte for evidente, não será necessária a indicação da sua posição e identificação.
Quando a localização não for evidente, ou quando for preciso diferenciar entre vários planos de corte, a localização do plano de corte de ser representado por meio de linha estreita-traço-ponto, continua larga nas extremidades e na mudança de direção, conforme norma ABNT NBR 8403. A letra maiúscula deve indicar o plano de corte, e a s setas devem indicar o sentido de observação. A denominação do corte correspondente deverá ser indicada próximo ao corte.
Cortes conforme norma ABNT NBR 10067. O corte é a representação simbólica que se supõe cortar a peça e retirar a parte que fica em frente do observador, tirando essa parte, ficam visíveis os detalhes interno da peça.
Tipos de cortes:
A-) Longitudinal horizontal e vertical E -) Corte parcial
B-)Transversal F-) Secção
C-)Composto G-) Cortes auxiliares
D-) Meio corte H-) Rupturas
Tipos de cortes Corte longitudinal
Corte longitudinal
Não são hachurados nos cortes, em sentido longitudinal:
a-) dentes de engrenagens f-) nervuras k-) chavetas
b-) parafusos g-) pinos l-) volantes
c-) porcas h-) arruelas m-) manípulos
d-) eixos i-) contra pinos
e-) raios de roda j-) rebites
Corte Total
Numa peça com partes de revolução, contendo elementos simetricamente distribuídos (furos ou nervuras radiais) sem que passem por um plano de corte, faz-se uma rotação no elemento até coincidir com o respectivo plano de corte e rebate-se, sem nenhuma menção especial.
Corte Total com elementos simétricos
Notas: de acordo com a norma ABNT, alguns detalhes não devem ser hachurados. A representação de detalhes, em corte, sem hachuras é o que se chama de omissão de corte.
Corte transversal
Quando a localização não for clara, ou quando for necessário distinguir entre vários planos de corte, a posição do plano de corte deve ser indicada por meio de linha estreita – traço - ponto, larga nas extremidades e na mudança de direção, conforme a NBR 8403.
O plano de corte deve ser identificado por letra maiúscula e o sentido de observação por meio de setas.
Corte em desvio
A peça é cortada em toda sua extensão por mais de um plano de corte, dependendo da sua forma particular e dos detalhes a serem mostrados
Corte em desvio
Meio corte
Em peças simétricas, a metade da representação da peça é mostrada em corte e a outra metade em vista







Meio corte vertical Meio corte horizontal


Corte parcial
Corta-se apenas uma parte da peça para evidenciar um detalhe, demarcando-a por uma linha continua estreita à mão livre ou por uma linha estreita em zigue zague, conforme ABNT NBR 8403.





Corte Parcial
Seções rebatidas dentro ou fora da vista
Com linha continua estreita é traçado o contorno da seção dentro da própria vista, conforme a NBR 8403

















Seções rebatidas
Com linha continua larga é traçado o contorno da seção deslocada. Esta seção pode ser posicionada das seguintes formas:
a-) Próxima à vista e ligada a ela por meio de linha estreita – traço - ponto, conforme a NBR 8403
b-) Numa posição diferente : neste caso, é identificada de maneira convencional As seções podem ser sucessivas como nos exemplos mostrados abaixo.
Seções sucessivas com indicação de corte










Seções sucessivas sem indicação de corte

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